1 de setembro de 2025

A LUTA DO BEM CONTRA O MAL

Nos primórdios da humanidade, a distinção entre o bem e o mal era clara, sem a hipocrisia e a dissimulação de hoje. Os governantes eram virtuosos, e os delitos, raros. Preocupados com o aumento da delinquência, eles se reuniram para encontrar uma solução. Inicialmente aplicar a “tolerância zero”, adotaram a lei de talião, ou “olho por olho, dente por dente”, baseando-se na premissa de que o bem comum estava acima do individual. Acreditavam que, com o tempo, isso eliminaria os criminosos. No entanto, os crimes persistiram.

Passaram-se os anos e os delitos prosseguiam. Um novo pensamento surgiu: os governantes, sendo bons, não poderiam se igualar aos maus aplicando a morte. Em vez disso, deveriam amar os delinquentes, aplicando-lhes penas brandas na esperança de recuperá-los para a sociedade. Essa nova abordagem se baseava no princípio de “amar ao próximo como a si mesmo”. 

Contudo, essa moral humana não se alinha com a Lei que rege o Universo. Essa força natural e impessoal é indiferente à moralidade, ao amor ou ao ódio. Sua única mola propulsora é a luta impiedosa pela sobrevivência e reprodução. Na lógica da vida, o “bom” é tudo aquilo que sobrevive e se reproduz, enquanto o “ruim” é o que não sobrevive, o que é contrário à perpetuação da vida.

A Lei da natureza tem como única finalidade garantir a sobrevivência da espécie. Todos os outros conceitos, como alma, espírito, livre-arbítrio e religião, são justificativas criadas pelos humanos para dar sentido à vida, aliviar angústias e trazer paz de espírito. Atualmente, a taxa de indivíduos maus é alarmante. 

Com sua reprodução em massa, impulsionada pela falta de freios morais e paternidade irresponsável, eles estão infiltrados nos governos e nas instituições. Usando sua astúcia, mentiras e simulações, eles alteram a legislação para se perpetuarem no poder. Estamos, portanto, imersos na eterna luta do bem contra o mal, um conflito onde o critério de sucesso é a seleção dos mais aptos. O filósofo Schopenhauer não se enganou ao afirmar que “A vida não é mais que uma luta pela existência com a certeza de sermos vencidos”.

JC COUTINHO

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