O
que deveria ser um local nobre de formação profissional e
esclarecimento humano, a universidade federal brasileira, se
transformou em um espaço de doutrinação ideológica. Esse fenômeno
não é exclusivo do Brasil, mas assume aqui contornos preocupantes.
O ambiente universitário, que deveria ser um terreno fértil para o
debate de ideias e a pesquisa livre, hoje é dominado por grupos de
militância que impõem uma visão única, perseguindo quem ousa
discordar e transformando a pluralidade em intolerância.
O
resultado é que muitos pais hesitam em enviar seus filhos para o
ensino superior, temendo que voltem não como profissionais maduros,
mas como militantes com a capacidade de pensar livremente
comprometida. Frequentar uma universidade federal, antes motivo de
orgulho, se tornou um pesadelo, com jovens saudáveis sendo cooptados
por grupos ideológicos. Essa radicalização, muitas vezes
disfarçada de discurso progressista, contrasta com a expectativa da
sociedade. Uma pesquisa do Datafolha, em 2019, revelou que 81% dos
brasileiros esperam que as universidades públicas sejam
politicamente neutras.
Essa politização afeta diretamente o desempenho acadêmico do Brasil. Em rankings internacionais, como o World University Rankings, a queda de posições das universidades brasileiras é evidente. Especialistas apontam que a dificuldade em manter um ambiente disciplinado e livre de disputas partidárias é um dos fatores para esse declínio. Além disso, a conivência com o uso e tráfico de drogas em campi é outro problema grave, com investigações em, pelo menos, nove estados nos últimos cinco anos, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
A influência da pedagogia de Paulo Freire. A psiquiatra Dra. Paula Camposan faz uma análise crítica do educador Paulo Freire, argumentando que sua pedagogia, longe de ser heroica, ensinou os filhos a desobedecerem seus pais. Segundo ela, o método de Freire não se limitava à alfabetização, mas visava transformar o aluno em um agente de mudança social. Ele incentivava o questionamento e o combate às “estruturas opressoras”, como o chefe, o padre, o professor e até mesmo o pai.
Essa pedagogia valoriza o ativismo acima do conhecimento. A sala de aula se torna um “espaço de luta política”, onde conceitos como “memória e ordem” foram substituídos por “militância”. Freire teria ensinado os filhos a enxergarem a família como um “obstáculo”, uma “estrutura opressora” a ser superada. Dessa forma, a escola se transformou em uma “ferramenta de revolução cultural”.
Por um futuro acadêmico plural. É urgente resgatar a universidade brasileira. A primeira medida é garantir a pluralidade de ideias e coibir o uso político-partidário dos cargos e recursos públicos. Isso não significa censurar, mas impedir que o ensino se torne propaganda. Professores e servidores que usarem suas funções para proselitismo devem ser responsabilizados.
Também é fundamental criar canais seguros para denúncias de assédio ideológico, assegurando a liberdade de expressão de alunos e docentes sem medo de perseguição. Afinal, a liberdade de expressão, garantida pela Constituição, não é licença para abuso. Quem ocupa cargo público deve ter responsabilidade por suas palavras e ações.
O Brasil precisa decidir o futuro de suas instituições de ensino superior. Deseja uma universidade que valoriza o saber, respeita o contraditório e forma cidadãos livres, ou um espaço sequestrado por grupos que confundem ensino com ativismo e liberdade com impunidade? A escolha não é sobre ideologia, mas sobre o compromisso com o futuro do país.
A UNIVERSIDADE BRASILEIRA É HOJE CASO DE POLÍCIA
– por Sílvia Gabas (09-11-2025)
A MILITÂNCIA IDEOLÓGICA NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS: O BRASIL PRECISA REAGIR
– por Alfredo Scaff (18.07.2025)
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