26 de setembro de 2025

TERAPIAS ESPÚRIAS (3)

25 FORMAS DE RECONHECER CHARLATÕES NUTRICIONAIS: Como os charlatões da área nutricional e outros empurradores de vitaminas podem ser reconhecidos? Aqui estão 25 sinais que devem levantar suspeitas.

1. Falam apenas parte da história: Charlatões elogiam vitaminas e minerais, mas omitem que uma dieta balanceada já fornece os nutrientes necessários.

2. Alegam que a maioria das pessoas tem má nutrição: Essa tática de medo é falsa, pois o principal problema nutricional nos EUA é o excesso de peso. Desperdiçar dinheiro com suplementos desnecessários é especialmente prejudicial para os mais pobres.

3. Recomendam “seguro nutricional” para todos: Sugerem que todos correm risco de deficiência vitamínica e, por isso, devem tomar suplementos. Nunca admitem que a maioria das pessoas não precisa de seus produtos.

4. Atribuem a maioria das doenças à dieta: Isso não é verdade. Embora a dieta seja um fator em algumas doenças, a maioria não tem relação direta com a alimentação. Sintomas como fadiga são frequentemente reações ao estresse, não deficiências nutricionais.

5. Distorcem o processamento de alimentos: Alegam que métodos modernos destroem nutrientes. Embora alguns processos os modifiquem, outros os adicionam. O calor não destrói minerais, e a maioria dos nutrientes perdidos na moagem do trigo são repostos no processo de enriquecimento.

6. Atribuem o comportamento à dieta: Ligam a dieta não apenas a doenças, mas também a problemas comportamentais, como hiperatividade e comportamento criminal. Essas alegações são baseadas em pesquisas malplanejadas e evidências anedóticas.

7. Alegam que a fluoretação da água é perigosa: Por não lucrarem com o flúor, que é essencial para a saúde dos dentes, eles o atacam, defendendo filtros que o removem.

8. Criticam fertilizantes e pesticidas: Promovem alimentos “orgânicos” alegando que são mais seguros e nutritivos, o que não é verdade. Fertilizantes sintéticos e naturais fornecem os mesmos químicos para as plantas.

9. Acusam aditivos alimentares de serem venenos: Usam o medo para minar a confiança em cientistas e agências reguladoras. A verdade é que os aditivos são usados em pequenas quantidades e não representam ameaça à saúde.

10. Atacam as recomendações de ingestão diária (RDAs): Afirmam que as RDAs são muito baixas para que você compre seus suplementos. Na realidade, as recomendações são ajustadas para serem superiores ao que a maioria das pessoas precisas.

11. Alegam que o estresse aumenta a necessidade de nutrientes: Alegam que o estresse rouba vitaminas do corpo, mas as necessidades extras, quando existem, são facilmente supridas por uma alimentação adequada.

12. Vendem “alimentos saudáveis” e “suplementos”: Desvalorizam a alimentação normal para lucrar com a venda de produtos. O termo “alimento saudável” é um slogan enganoso. Qualquer alimento pode ser saudável em moderação.

13. Promovem vitaminas “naturais” como melhores: Mentem ao dizer que vitaminas “naturais” são superiores às sintéticas. Elas são quimicamente idênticas.

14. Usam questionários para indicar deficiências: Nenhum questionário pode fazer um diagnóstico nutricional preciso. Eles são programados para concluir que todos têm deficiências, incentivando a compra de suplementos.

15. Prometem perda de peso fácil: A única maneira de emagrecer é queimar mais calorias do que se consome. As dietas da moda são insustentáveis. A “celulite” é apenas gordura comum.

16. Prometem resultados milagrosos: Fazem promessas sutis para escapar da fiscalização. Não se importam com os prejuízos financeiros e emocionais que causam.

17. Vendem suplementos em seus consultórios: Profissionais que vendem suplementos diretamente a seus pacientes geralmente os recomendam de forma inapropriada.

18. Usam jargão pseudomédico: Prometem “desintoxicar” ou “revitalizar” o corpo. Tais termos servem para enganar e evitar acusações de exercício ilegal da medicina.

19. Usam anedotas e testemunhos: Baseiam suas alegações em relatos pessoais, que são ineficazes para provar a causa e efeito. A evidência testemunhal é rejeitada pela ciência.

20. Afirmam que o açúcar é um veneno mortal: Embora o açúcar contribua para a cárie, ele é uma fonte de calorias segura e prazerosa quando consumido com moderação.

21. Exibem credenciais não reconhecidas: Usam títulos de escolas não credenciadas ou se autointitulam “especialistas”. A comunidade científica não reconhece tais títulos.

22. Oferecem exames para vender produtos: Usam exames como análise de cabelo para diagnosticar supostas deficiências e recomendar produtos. Tais métodos são inúteis e enganosos.

23. Acusam a medicina de perseguição: Alegam conspirações, dizendo que a medicina “ortodoxa” os persegue. Essa é uma tática para ganhar simpatia, mas é facilmente refutável.

24. Advertem para não confiar nos médicos: Charlatões criticam os médicos para que você confie neles. Alegam que os médicos não entendem de nutrição, o que é falso, já que a nutrição faz parte da formação médica.

25. Encorajam os Pacientes a Concederem Apoio Político aos Seus Métodos de Tratamento: Há um século, ideias novas podiam ser rejeitadas pela ciência e depois aceitas. Mas hoje, tratamentos eficazes são bem recebidos e não precisam de grupos de pressão. Charlatões buscam apoio político porque não conseguem provar que seus métodos funcionam. Eles tentam legalizar seus tratamentos e forçar companhias de seguro a cobri-los. Uma campanha política para legalizar um tratamento é um claro sinal de que ele não funciona.

Baseado nos textos dos autores: Dr. Beyerstein, MD. Biopsicólogo na Simon Fraser University em Burnaby & Stephen Barrett, MD. Psiquiatra.

TERAPIAS ESPÚRIAS (2)

POR QUE PROFISSIONAIS DA SAÚDE SE TORNAM CHARLATÕES: É lamentável quando um profissional de saúde se dedica ao charlatanismo. Amigos e colegas costumam se perguntar como isso acontece. Algumas das razões aparentes são:

TÉDIO: A rotina de trabalho pode ser monótona, e ideias pseudocientíficas podem parecer excitantes. O falecido Carl Sagan defendia que as qualidades que tornam a pseudociência atraente são as mesmas da ciência genuína. Ele lamentava que muitos preferem a pseudociência, quando a verdadeira ciência oferece tanto a quem está disposto a se esforçar.

BAIXA AUTOESTIMA PROFISSIONAL: Profissionais que não se sentem suficientemente valorizados podem compensar isso com alegações extravagantes. Odontólogos renegados chegam a dizer que "todas as doenças podem ser vistas na boca do paciente". Da mesma forma, podólogos, iridologistas, quiropráticos e outros usam suas áreas de atuação para fazer alegações extraordinárias. Médicos também não estão imunes, podendo elevar seu status ao alegar curar doenças que especialistas treinados não conseguem.

TENDÊNCIAS PARANORMAIS: Muitos sistemas de saúde são, na verdade, religiões higiênicas com crenças profundas sobre a natureza da realidade, salvação e estilo de vida. Vegetarianismo, quiropraxia, homeopatia e outras práticas estão enraizadas no vitalismo, uma doutrina que atribui as funções de um organismo a um “princípio vital” distinto das forças físico-químicas. Os vitalistas são anticientíficos, pois rejeitam o reducionismo, materialismo e mecanicismo da ciência, preferindo a experiência subjetiva à razão e à lógica.

ESTADO MENTAL PARANOIDE: Algumas pessoas veem conspirações em todo lugar. Elas podem acreditar que a fluoretação da água é uma conspiração para envenenar a população ou que a medicina organizada esconde a cura para o câncer. Enquanto a paranoia individual é frequentemente associada a transtornos mentais, a paranoia coletiva, dirigida a uma nação ou cultura, pode parecer mais racional e justa para quem a defende.

CHOQUE COM A REALIDADE: Profissionais de saúde que lidam com doenças terminais podem ser confrontados com a dura realidade da morte. Alguns não conseguem lidar com isso e se desiludem com a medicina padrão, adotando terapias não comprovadas devido às suas limitações e efeitos colaterais.

INTRUSÃO DE CRENÇAS: A ciência é limitada a fenômenos observáveis e mensuráveis. Crenças que a transcendem pertencem à filosofia ou religião. Permitir que essas crenças interfiram na prática clínica não é apropriado, pois noções metafísicas não devem substituir ou distorcer diagnósticos e procedimentos científicos. Quem deseja atuar com base em crenças religiosas deve seguir uma carreira diferente.

O MOTIVO DO LUCRO: O charlatanismo pode ser extremamente lucrativo. A ganância pode levar profissionais de saúde a ignorarem a ética, visando apenas o dinheiro.

O MOTIVO DO PROFETA: Assim como profetas clamavam por conversão, alguns médicos se veem no papel de convencer pacientes a mudarem seus estilos de vida. Esse papel pode gerar um senso de poder sobre as pessoas. Charlatões, por sua vez, se deleitam com esse poder, explorando a adulação de seus seguidores. A egomania é comum entre eles, pois aproveitam a adulação que a suposta superioridade evoca.

TENDÊNCIAS PSICOPATAS: Dr. Robert Hare, que investigou o tema por mais de vinte anos, afirma que psicopatas são encontrados em todas as profissões. Ele os descreve como pessoas desprovidas de empatia e consciência, exibindo características como eloquência, charme superficial, grandiosidade, mentira patológica e falta de culpa. Essas características são frequentemente vistas em charlatões.

O FENÔMENO DA CONVERSÃO: Algumas pessoas que se tornam charlatões enfrentam crises pessoais, como divórcio ou doenças crônicas, que as levam a buscar refúgio em novas crenças. Um estudo revelou que a razão mais comum para médicos adotarem práticas “holísticas” foram “experiências espirituais ou religiosas”. É crucial mobilizar aqueles que compreendem o perigo do charlatanismo para combater sua disseminação.

Baseado nos textos dos autores: Dr. Beyerstein, MD. Biopsicólogo na Simon Fraser University em Burnaby & Stephen Barrett, MD. Psiquiatra.

TERAPIAS ESPÚRIAS (1)

POR QUE ELAS PARECEM FUNCIONAR: Forças sutis podem levar pacientes e terapeutas, por mais inteligentes que sejam, a acreditarem que um tratamento funcionou quando, na verdade, não o fez. Isso se aplica a novos tratamentos na medicina científica, práticas alternativas, medicina popular e terapias de cura pela fé.

Muitos métodos duvidosos persistem no mercado porque satisfazem os consumidores, que oferecem testemunhos de seu valor. A mídia frequentemente apresenta esses testemunhos como evidência válida, mas sem testes apropriados, é impossível determinar sua veracidade. Este artigo descreve sete razões pelas quais as pessoas podem erroneamente concluir que uma terapia ineficaz funciona.

1. A DOENÇA PODE SEGUIR SEU CURSO NATURAL: Muitas doenças são autolimitadas. Se a condição não é crônica ou fatal, o próprio corpo se recupera. Para demonstrar a eficácia de uma terapia, seus defensores devem provar que o número de pacientes recuperados supera o esperado sem tratamento. Sem dados detalhados de sucesso e fracasso em um grande número de pacientes, não se pode alegar ter superado a recuperação natural.

2. MUITAS DOENÇAS SÃO CÍCLICAS: Condições como artrite, esclerose múltipla e alergias têm altos e baixos. As pessoas tendem a buscar tratamento durante as recaídas, o que faz com que uma terapia espúria coincida com a melhora que ocorreria de qualquer forma.

3. O EFEITO PLACEBO: Através de sugestão, crença e expectativa, pacientes que recebem tratamentos ineficazes biologicamente podem experimentar alívio. Algumas respostas placebo produzem mudanças reais, enquanto outras são subjetivas, fazendo com que o paciente se sinta melhor sem qualquer mudança objetiva na patologia.

4. O CRÉDITO É ATRIBUÍDO À COISA ERRADA: Se a melhora ocorre após o paciente ter sido submetido a tratamentos alternativos e científicos, a prática marginal muitas vezes recebe uma parcela desproporcional do crédito.

5. O DIAGNÓSTICO OU PROGNÓSTICO INICIAL PODE ESTAR INCORRETO: Médicos não são infalíveis. Um diagnóstico errado, seguido por uma visita a um curandeiro alternativo, pode levar a testemunhos de cura para uma condição que se resolveria sozinha. Em outros casos, o diagnóstico pode ser correto, mas o prognóstico, difícil de prever, pode se mostrar impreciso.

6. A MELHORA DO HUMOR É CONFUNDIDA COM CURA: Curandeiros alternativos possuem personalidades fortes e carismáticas. O aspecto messiânico da “medicina alternativa” pode levar a uma melhora psicológica temporária, confundida com cura.

7. NECESSIDADES PSICOLÓGICAS DISTORCEM A PERCEPÇÃO: Mesmo sem melhora objetiva, pessoas com um grande investimento psicológico em terapias alternativas podem se convencer de que foram ajudadas. De acordo com a teoria da dissonância cognitiva, a angústia mental gerada quando a experiência contradiz as crenças existentes é aliviada pela distorção da informação. Em vez de admitir que seus esforços foram um desperdício de tempo e dinheiro, muitos buscam algum valor para redimir o tratamento.

A crença é defendida vigorosamente pela distorção da percepção e da memória. Praticantes à margem da ciência e seus clientes podem interpretar erroneamente sugestões e lembrar das coisas como gostariam que tivessem acontecido, superestimando seus sucessos e ignorando os fracassos.

O método científico evoluiu para reduzir o impacto dessa tendência humana de tirar conclusões precipitadas. Além disso, as pessoas se sentem obrigadas a retribuir quando alguém lhes faz algo de bom. Já que a maioria dos terapeutas alternativos acredita sinceramente que estão ajudando, é natural que os pacientes queiram agradá-los em troca, inflando sua percepção dos benefícios recebidos.

Cuidado! Distinguir relações causais exige estudos bem conduzidos e análise de dados. Muitas fontes de erro podem confundir quem se baseia na intuição ou razão informal. Antes de concordar com qualquer tratamento, certifique-se de que ele faz sentido e foi validado cientificamente por estudos que controlam a resposta placebo e os vieses de julgamento. Desconfie se a “evidência” consistir apenas de testemunhos, panfletos ou livros publicados pelo autor.

Baseado nos textos dos autores: Dr. Beyerstein, MD. Biopsicólogo na Simon Fraser University em Burnaby & Stephen Barrett, MD. Psiquiatra.

A ÉTICA EVOLUCIONISTA

Em sua obra de 1871, A descendência do homem, Darwin apresenta a teoria dos “sentimentos morais”. Ele não destacou explicitamente as implicações perturbadoras de sua teoria: a de que nosso senso de certo e errado, que parece ser uma dádiva divina, é, na verdade, um produto arbitrário da evolução. Essa ideia de relativismo moral foi percebida por alguns, como a Edinburgh Review, que previu uma “revolução no pensamento que sacudirá a sociedade em suas bases”, destruindo a santidade da consciência e da religião.

O vaticínio não foi infundado. Hoje, a consciência não tem o mesmo peso de antes, e muitos departamentos de filosofia tendem ao niilismo. Essa mudança pode ser atribuída ao impacto de Darwin, que, com A origem das espécies, questionou a criação bíblica e, em A descendência, abalou a posição do senso moral.

Sentimentos como simpatia, empatia, compaixão, culpa, e até mesmo a noção de justiça e de que o bem deve ser recompensado e o mal punido, podem ser vistos como meros vestígios da história orgânica. O próprio discurso moral se torna suspeito; um código moral é um compromisso político, moldado por grupos de interesse. Assim, os valores morais não vêm “do alto”, mas são formados desproporcionalmente pelas partes da sociedade que detêm o poder.

John Stuart Mill, em seu ensaio Nature, já havia argumentado que a natureza opera com indiferença, impondo sofrimento de forma aleatória a todos. Ele questionava o projeto divino ao observar a dor imensa no mundo, a ponto de concluir que, se Deus fosse bom, a natureza seria um "esquema a ser corrigido, e não imitado, pelo Homem". Darwin compartilhava dessa visão, sendo incapaz de conciliar a dor no mundo, como a de vespas que se alimentam de lagartas vivas, com a ideia de um Deus benevolente.

Darwin e Mill viram a solução para essa questão ética no utilitarismo. Mill foi o principal divulgador dessa filosofia, que defende que as ações são boas na medida em que aumentam a felicidade e más quando aumentam o sofrimento. O objetivo é maximizar a felicidade total no mundo. A crença na bondade da felicidade e na maldade do sofrimento é a base fundamental que a maioria das pessoas compartilha. Portanto, o utilitarismo surge como a única base prática para um código moral público e amplamente aceito.

A questão crucial era: por que se preocupar com a felicidade dos outros? A resposta é puramente prática: um sistema de consideração mútua beneficia a todos. Se cada um se abstém de prejudicar o outro, o resultado é uma melhoria geral da vida, sem o custo adicional do medo e da vigilância. Essa lógica, baseada na “soma diferente de zero”, leva à conclusão de que o utilitarismo amplamente praticado melhora a vida de todos. Mill levou essa ideia a um extremo: devemos agir sempre que o benefício para o outro for maior que o nosso próprio esforço, considerando o bem-estar dos outros tão importante quanto o nosso. Essa doutrina radical encontra seu eco na “Regra de Ouro de Jesus de Nazaré”: fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem.

No entanto, Darwin percebeu que sua ética utilitarista contrariava os valores implícitos na seleção natural. A dor e a morte são a base do progresso orgânico, moldando os animais para infligir mais sofrimento. O egoísmo humano, por exemplo, raramente se manifesta de forma evidente; somos projetados para justificar nossas ações, pensando que somos bons e nosso comportamento, defensável. O novo paradigma darwinista, ao expor a maquinaria biológica por trás dessa ilusão, torna o autoengano mais difícil.

Darwin acreditava que a espécie humana é moral, a única nesse sentido. Ele definia um ser moral como aquele capaz de avaliar suas ações passadas e futuras. Embora tenhamos a capacidade técnica de nos submeter ao escrutínio moral, não fomos projetados para isso naturalmente. Para nos tornarmos animais morais, precisamos entender até que ponto não o somos.

No fim de sua vida, Darwin, agnóstico, refletia sobre o significado da vida sem a crença em Deus. Ele acreditava que a maior satisfação vinha do exercício de instintos sociais, como agir para o bem dos outros e conquistar a aprovação e o amor. A razão pode nos levar a agir contra a opinião dos outros, mas a satisfação de seguir nossa própria consciência é uma recompensa. Embora não tenha vivido uma vida perfeitamente utilitarista, Darwin lutou contra as correntes do egoísmo, cuja origem ele foi o primeiro a identificar. Sua vida, embora imperfeita, foi decente e compassiva, uma prova do que os seres humanos são capazes de alcançar.

Baseado no Livro “O Animal Moral”, de Robert Wright – Editora Campus

25 de setembro de 2025

VITAMINAS, MINERAIS E SUPLEMENTOS

Para a imunidade de idosos com mais de 60 anos, algumas vitaminas, minerais e suplementos são especialmente importantes, pois o sistema imunológico tende a se enfraquecer com a idade. Veja algumas:

VITAMINA “A” – É importante para a visão, saúde da pele, sistema imunológico e o crescimento de todos os tecidos do corpo. Sua falta pode causar atraso no crescimento e levar ao espessamento do epitélio da pele e de outras partes do corpo. Quando isso acontece na membrana que reveste o globo ocular (a córnea), ela pode se tornar opaca, causando cegueira. Outro problema relacionado à deficiência de vitamina A é a cegueira noturna, que é a falta de adaptação da visão em locais mal iluminados, o que pode ser um perigo para quem dirige à noite.

VITAMINA “B12” – Importante para a formação de glóbulos vermelhos e para a saúde do sistema nervoso. Sua carência pode causar a anemia perniciosa, doença em que há uma diminuição do número de glóbulos vermelhos e em que muitos deles aumentam de tamanho.

VITAMINA “C” – É um antioxidante que fortalece o sistema imunológico, auxilia na absorção de ferro e na cicatrização. Ela mantém o equilíbrio das substâncias intercelulares em todo o corpo. Sua deficiência provoca dificuldade de cicatrização de ferimentos e fragilidade das paredes dos vasos sanguíneos. Em consequência, podem ocorrer sangramentos nas gengivas, aparecimento de manchas hemorrágicas na pele e muitas anormalidades internas que caracterizam o escorbuto.

VITAMINA “D3” – É importante para a absorção de cálcio, saúde óssea e imunidade. Sua falta causa o raquitismo, doença em que os ossos se tornam pouco resistentes pela falta de cálcio.

VITAMINA “E” – É um antioxidante que protege as células do corpo e contribui para a saúde do sistema imunológico. A falta de vitamina E no organismo humano altera as funções dos organoides citoplasmáticos, como as mitocôndrias e os lisossomos. Em animais, como ratos, por exemplo, ela interfere na produção de células sexuais, causando esterilidade.

VITAMINA “K” – É essencial para a coagulação sanguínea e a saúde óssea. Ela é necessária para a produção de fatores que participam da coagulação do sangue. Sua carência pode causar hemorragias.

COENZIMA Q10 – Auxilia na reparação celular e age como antioxidante. Ajuda na produção de energia dentro das células, a combater o dano oxidativo (através da ação antioxidante) e pode ter benefícios para a saúde do coração, cérebro e pele. Também é utilizada em alguns suplementos para aumentar a resistência física e reduzir a fadiga, além de poder ajudar no alívio de dores musculares em condições como a fibromialgia.

LUGOL (IODO): A solução de Lugol, que contém iodo, também é citada por ele, principalmente para a saúde da tireoide. É utilizada para repor deficiências de iodo, melhorar a saúde reprodutiva, auxiliar na remoção de metais pesados e apresentar potenciais propriedades anticancerígenas, especialmente na regulação do estrogênio.

MAGNÉSIO – Contribui para a saúde muscular e óssea. É considerado um dos suplementos mais importantes. O solo brasileiro é pobre nesse mineral, e a deficiência de magnésio pode estar ligada a diversos problemas de saúde, como pressão alta e estresse.

OMEGA 3 – Essencial para a saúde cardiovascular e a função cerebral, além de reduzir o risco de Alzheimer. Este é fortemente recomendado. O ômega-3 é crucial para a saúde da retina e para prevenir a degeneração macular relacionada à idade.

PROBIÓTICOS – Contribuem para a saúde intestinal e a imunidade. São microrganismos vivos que ajudam no equilíbrio da nossa flora intestinal. Quando consumidos em quantidades adequadas, podem oferecer benefícios à saúde digestiva e imunológica.

WHEY PROTEIN – Preserva a massa muscular, dando mais força e prevenindo quedas. Para idosos, é um grande aliado para reverter os sintomas da sarcopenia, recuperando a força, aumentando a massa muscular e combatendo a inflamação do tecido muscular. Além disso, o seu consumo também fortalece o sistema imunológico e ajuda a prevenir doenças.

SELÊNIO – Age como antioxidante e combate infecções virais. Ele tem uma forte ação antioxidante, protegendo as células e combatendo os radicais livres, o que contribui para o bom funcionamento da tireoide, o reforço do sistema imunológico, a melhora da fertilidade e a prevenção de doenças degenerativas.

ZINCO – Importante para a imunidade e a cicatrização. Ele fortalece o sistema imunitário, acelera a cicatrização de feridas, promove o crescimento e desenvolvimento, mantém a saúde da pele, cabelo e olhos, regula a função dos sentidos do paladar e olfato, além de atuar em centenas de reações enzimáticas e metabólicas essenciais para o corpo.

SOROTERAPIA OU TERAPIA INJETÁVEL. A seguir, o uso de injeções de vitaminas, minerais e outras substâncias. É importante lembrar que, antes de iniciar qualquer suplementação, é essencial procurar orientação profissional de um médico ou nutricionista. Esses profissionais podem avaliar suas necessidades individuais, indicar as dosagens corretas e garantir que a suplementação seja segura e eficaz para você:

ÁCIDO ALFA-LIPÓICO – É um antioxidante potente que o Dr. Lair Ribeiro costuma indicar. Ele é conhecido por ser solúvel tanto em água quanto em gordura, o que permite que atue em diversas partes do corpo. O Dr. Lair Ribeiro defende seu uso, inclusive por via intravenosa (na veia), para combater o estresse oxidativo e proteger as mitocôndrias, que são as “centrais de energia” das células.

TRAUMEEL – É um medicamento homeopático complexo, usado topicamente ou por injeção, para aliviar dores e inflamações em lesões musculoesqueléticas. O Dr. Lair Ribeiro sugere o uso de Traumeel em injeções na coluna para tratar dores crônicas.

INJEÇÕES DE VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS (A, D, E, K) – O Dr. Lair Ribeiro é um grande defensor da suplementação de vitaminas, especialmente as que são mais difíceis de obter em quantidades suficientes apenas com a alimentação. Ele sugere a suplementação quando há deficiência.

INJEÇÕES DE VITAMINAS DO COMPLEXO B (B12 E B9) – O Dr. Lair Ribeiro costuma recomendar a suplementação de Metilcobalamina (B12) e Metilfolato (B9), que são as formas ativas dessas vitaminas. A Metilcobalamina (B12), ele argumenta que essa forma é mais biodisponível do que a cianocobalamina, a forma sintética mais comum, sugere altas doses, inclusive por injeção na veia, para tratar deficiências, melhorar a função neurológica e combater a fadiga. O Metilfolato (B9), essencial para o metabolismo da B12 e para o processo de metilação no organismo. Ele enfatiza a importância de usar o metilfolato, a forma ativa, em vez do ácido fólico, que pode não ser bem metabolizado por algumas pessoas. Ele sugere a suplementação quando há deficiência.

DMSO (DIMETILSULFÓXIDO) – O DMSO é um solvente orgânico com propriedades anti-inflamatórias e analgésicas. O Dr. Lair Ribeiro o utiliza em injeções, muitas vezes combinado com outras substâncias, por acreditar que ele aumenta a permeabilidade das membranas celulares, facilitando a entrada de outras substâncias nas células.

GLICINA E PROLINA – São aminoácidos fundamentais para a síntese de colágeno. O Dr. Lair Ribeiro recomenda a suplementação para a saúde de tecidos conectivos, pele e articulações.

AZUL DE METILENO – Ele fala sobre o azul de metileno como um agente nootrópico (que melhora a função cognitiva), imunomodulador e antioxidante. Ele sugere que, em injeções, ele pode melhorar a oxigenação celular e a função mitocondrial. O uso injetável e as alegações de benefícios para a saúde de maneira geral são controversos na medicina convencional.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE (ALERTA): O uso de injeções de vitaminas, minerais e outras substâncias, conhecido como “soroterapia” ou “terapia injetável”, não é aprovado por órgãos reguladores como a ANVISA no Brasil para a maioria das finalidades divulgadas. A administração dessas substâncias por via intravenosa ou intramuscular deve ser feita por um profissional de saúde habilitado e com base em um diagnóstico clínico, para tratar deficiências específicas e, mesmo assim, é uma prática que gera debate.

TIPOS DE ÁGUA TRATADA

Com a crescente busca por um estilo de vida mais saudável, surgiram diversos métodos para otimizar a qualidade da água que consumimos. Entre eles, destacam-se a água magnetizada, ozonizada e alcalina. Mas você sabe o que realmente diferencia cada uma? E, mais importante, quais benefícios elas trazem para o seu corpo?

Apesar de todas terem o objetivo de melhorar a água comum, cada tipo possui características e processos distintos que agem de maneiras diferentes no organismo. É um erro pensar que todas são iguais, ou que a água industrializada possui as mesmas propriedades.

PRINCIPAIS TIPOS DE ÁGUA TRATADA: Toda água que chega às nossas torneiras e garrafas passa por tratamentos rigorosos para se tornar potável. No entanto, esses processos nem sempre removem todas as impurezas ou otimizam a água para um consumo que traga benefícios extras à saúde. Por isso, métodos adicionais de tratamento se tornaram populares.

ÁGUA ALCALINA: A principal característica da água alcalina é o seu pH elevado, acima de 7 (o pH da água neutra). O processo de alcalinização busca aproximar o pH da água do pH ideal do corpo humano, que varia entre 7,35 e 7,4. Essa alcalinidade é alcançada através de um processo de ionização, que dissocia as moléculas de água. Isso aumenta a concentração de íons hidrogênio (H+) e hidroxila (OH−), transformando sua estrutura e aumentando o potencial de oxigênio. Com isso, ela se torna um potente antioxidante, combatendo os danos da oxidação no organismo e ajudando a equilibrar o pH corporal.

BENEFÍCIOS:
Hidratação celular mais profunda.
Redução do processo de envelhecimento celular.
Fortificação da estrutura óssea.
Ajuda a prevenir doenças relacionadas à acidez corporal (como vírus e bactérias).

APARELHOS: Os aparelhos mais comuns para produzir água alcalina são purificadores que já vêm com essa função, ou acessórios que podem ser usados em jarras e garrafas.

Purificadores de Água Alcalina: São a opção mais completa. Eles geralmente filtram a água e, em seguida, a mineralizam para elevar o pH.

Bastões e Discos Ionizadores: São acessórios portáteis e mais baratos. Você coloca o bastão ou o disco dentro de uma garrafa ou jarra com água comum. Eles contêm minerais (como turmalina e magnésio) que reagem com a água e elevam o pH.

ÁGUA OZONIZADA: A água ozonizada é enriquecida com ozônio (O3), um gás formado a partir de uma molécula de oxigênio (O2) com um átomo extra de oxigênio. Esse processo, realizado por um filtro de ozônio, injeta o gás na água, tornando-a altamente purificada. O ozônio é um poderoso agente desinfetante e oxidante, o que confere à água ozonizada um forte efeito de limpeza e desintoxicação no organismo.

BENEFÍCIOS:
Purificação do sangue e remoção de impurezas.
Combate a bactérias e vírus no corpo.
Pode ser usada para a higienização de alimentos (frutas, verduras e carnes).

APARELHOS: Os aparelhos para ozonizar a água podem ser tanto purificadores completos quanto dispositivos menores e mais simples.

Purificadores de Água com Ozônio: Várias marcas oferecem purificadores que, além da filtração padrão, possuem um gerador de ozônio embutido. O ozônio é ativado por um botão, injetado na água para purificação e eliminação de micro-organismos.

Ozonizadores Portáteis: São aparelhos compactos, geralmente com um tubo de silicone e uma pedra difusora, que geram o ozônio e o injetam em qualquer recipiente com água (como um copo, jarra ou pia). Eles também podem ser usados para ozonizar alimentos, como frutas e vegetais, ou até mesmo o ar.

ÁGUA MAGNETIZADA: A água magnetizada é criada ao submeter a água comum a um campo magnético. Esse campo faz com que as moléculas de água vibrem e se organizem de forma mais ordenada, evitando a formação de grandes aglomerados. A vibração reorganiza a estrutura molecular da água, permitindo que ela seja mais facilmente absorvida pelas células do corpo, melhorando a hidratação celular. O processo também contribui para a hidrólise no organismo — a quebra da molécula de água em íons. Isso ajuda a reduzir a acidez do sangue e auxilia na remoção de toxinas.

BENEFÍCIOS:
Melhora a hidratação celular.
Contribui para a redução da acidez do sangue.
Auxilia na remoção de toxinas do organismo.

APARELHOS: Essa categoria é dominada por dispositivos que usam ímãs para reestruturar as moléculas da água.

Magnetizadores para Galões e Caixas d'Água: São placas ou bastões magnéticos que são inseridos diretamente em galões de água ou fixados no fundo de caixas d'água. O objetivo é que a água passe pelo campo magnético por um período, reordenando suas moléculas.

Magnetizadores Portáteis: São versões menores, muitas vezes em formato de bastões ou pequenos discos, que podem ser usados em garrafas individuais. Eles geralmente combinam ímãs de neodímio com outros minerais para potencializar a ação.

É importante notar que, muitas vezes, as tecnologias são combinadas em um único produto. É muito comum encontrar, por exemplo, purificadores que oferecem água alcalina, ionizada e ozonizada no mesmo aparelho, o que pode ser uma solução prática para quem busca todos esses benefícios.

24 de setembro de 2025

O ALTRUÍSMO RECÍPROCO

O melhor de Freud é sua percepção do paradoxo de sermos animais extremamente sociáveis: sermos no cerne libidinosos, gananciosos e de um modo geral egoístas e, no entanto, termos que viver educadamente com outros seres humanos – termos que alcançar nossas metas animais por meio de uma tortuosa via de cooperação, conciliação e contenção, sendo a mente um lugar de conflito entre os impulsos animais e a realidade social.

Trivers, por sugestão de William Hamilton, utilizou um jogo clássico chamado dilema do prisioneiro. Dois parceiros de crime estão sendo interrogados separadamente e enfrenta uma difícil decisão. O Estado não dispõe de provas para condená–los pela grave violação que cometeram, mas dispõe de provas para condenar ambos por um crime menor – digamos, a um ano de prisão cada. O promotor, querendo uma pena mais severa, pressiona cada homem, isoladamente, a confessar e implicar o outro. Diz:

(1) Se você confessar, mas seu parceiro não, eu liberto você e uso seu testemunho para condenar seu parceiro a dez anos de prisão. O reverso da oferta é uma ameaça:

(2) Se você não confessar e seu parceiro o fizer, você é que vai para a prisão por dez anos.

(3) E se você confessar e seu parceiro também confessar, condeno os dois à prisão, mas por apenas três anos.

Se você estivesse no lugar de um dos prisioneiros, e pesasse suas opções uma a uma, quase certamente se decidiria por confessar – por “trair” seu parceiro. Suponha, para começar, que seu parceiro o traia. Então você estará melhor se trair: receberá três anos de prisão, em vez de dez que receberia se ficasse calado, enquanto ele confessa. Agora, suponhamos que ele não o traia. Você ainda estará melhor se o trair: porque confessando, enquanto ele se cala, você é libertado; mas se você também se mantiver calado receberá um ano de prisão. Assim, a lógica parece irresistível: traia seu parceiro.

Contudo, se os dois parceiros seguirem essa lógica quase irresistível, e traírem um ao outro, passarão três anos na prisão, quando ambos poderiam ter escapado com apenas um ano se tivessem permanecido mutuamente fiéis e de boca fechada. Se ao menos pudessem ter–se comunicado e feito um acordo – então teria nascido a cooperação e ambos se sairiam bem. A traição mútua equivale a nenhum dos dois animais fazerem favor algum: embora ambos pudessem se beneficiar do altruísmo recíproco, nenhum dos dois quer arriscar a pele. A fidelidade mútua é como única rodada bem–sucedida de altruísmo recíproco – um favor feito e retribuído.

Levando tudo em conta, a equivalência entre o modelo e a realidade é bastante boa. A lógica que levaria à cooperação no dilema reiterado do prisioneiro é com razoável precisão a mesma que levaria ao altruísmo recíproco na natureza. A essência dessa lógica, nos dois casos, é o somatório diferente de zero. A característica essencial do somatório diferente de zero é que, mediante a cooperação, ou a retribuição, ambos os jogadores saem ganhando. A divisão do trabalho é uma fonte comum de somatórios diferentes de zero.

Darwin, durante a evolução humana, afirmou em The descent of man, “a medida que a capacidade de raciocínio e previsão se aperfeiçoam, os homens não tardariam a aprender por experiência que se ajudassem seus iguais, normalmente receberiam ajuda em retribuição. Por esse motivo mesquinho o homem talvez tivesse adquirido o hábito de ajudar seus iguais; e o hábito de praticar boas ações certamente fortalece o sentimento de solidariedade, que dá o primeiro impulso às boas ações”.

A Gratidão faz as pessoas pagarem os favores sem pensar muito que é isto que estão fazendo. E se sentimos mais compaixão por determinadas pessoas – pessoas, por exemplo, a que somos gratos – isto pode nos levar, de novo quase inconscientemente, a retribuir o ato de bondade.
Uma reação comum à teoria do altruísmo recíproco é o mal–estar. 

Algumas pessoas se perturbam com a ideia que seus impulsos mais nobres nasçam das manobras mais ardilosas de seus genes. Não é uma reação necessária, mas para aqueles que a têm provavelmente se justificaria uma imersão total. Se de fato raízes geneticamente egoístas da solidariedade e da bondade são motivos de desespero, então que seja um desespero extremo. Pois, quanto mais se reflete sobre pontos positivos do altruísmo, tanto mais mercenário os genes parecem.

Consideramos mais uma vez a questão da solidariedade – em particular, sua tendência a crescer proporcionalmente à gravidade da situação de uma pessoa. Por que nos sentimos mais tristes diante de um homem à míngua de comida do que de um homem apenas faminto? Por que o espírito humano é algo magnânimo, devotado a minorar o sofrimento? Tente adivinhar outra vez.

Trivers abordou esta questão perguntando por que a gratidão em si varia conforme a situação da qual a pessoa grata é salva. Por que alguém se sente extremamente grato por um sanduíche salvador após passar três dias na selva e moderadamente grato por um jantar gratuito na mesma noite? A resposta de Trivers é simples, crível, e nem tão surpreendente: a gratidão, ao refletir o valor do benefício recebido, calibra a retribuição adequada. A gratidão é uma “promissória”, portanto registra naturalmente o que é devido.

Para o benfeitor, a moral da história é clara: quanto mais desesperada a situação do beneficiário, tanto maior a promissória. A solidariedade finamente sensível é apenas um conselho de investimento excepcionalmente nuançado. Nossa mais profunda compaixão é a nossa melhor busca pela melhor oferta.

A maioria de nós verá com desprezo um médico de pronto–socorro que quintuplicasse seus honorários para tratar pacientes à beira da morte. Nós o chamaríamos de explorador insensível. E perguntaríamos: “Será que o senhor não tem noção de solidariedade?” E se ele tivesse lido Trivers, responderia: “Tenho, e muita. Só estou sendo honesto quanto ao significado da minha solidariedade”. Isto seria um balde de água fria em nossa indignação.

Quando passamos por uma pessoa sem–teto, podemos nos sentir mal por não ajudá–la. Mas o que realmente faz a consciência doer é olhar nos olhos da pessoa e ainda assim não ajudar. Aparentemente não nos incomodamos tanto em não dar, quanto em sermos observados não dando. E a razão de nos importamos coma opinião de alguém que jamais voltaremos a ver: talvez em nosso ambiente ancestral quase todos que encontrávamos eram pessoas que poderíamos muito bem tornar a encontra.

Na verdade, o altruísmo recíproco da variedade individualizada pode, por si, produzir um comportamento pretensamente coletivista. Em uma espécie dotada de linguagem, uma maneira eficaz e pouco trabalhosa de premiar pessoas boas e punir as más é afetar sua reputação. Espalhar a notícia de que alguém foi desonesto com você é uma retaliação poderosa, pois leva a pessoas a não serem altruístas com ele, receosas de se verem prejudicadas.

Isto talvez ajude a explicar a evolução da “injúria” – não apenas o sentimento de ter sido injustiçado, mas a compulsão de expressar isto publicamente. Donde a hipocrisia; o que parece fluir de duas forças naturais: a tendência a injuriar – a divulgar os pecados dos outros – e a tendência a disfarçar os próprios pecados.

Talvez o desânimo mais legítimo provocado pelo altruísmo recíproco é que é uma designação imprópria. Enquanto na seleção de parentesco o “objetivo” de nossos genes é realmente ajudar outro organismo, no altruísmo recíproco o objetivo é deixar aquele organismo sob a impressão de que o ajudamos; a simples impressão é suficiente para suscitar a retribuição.

Do Livro Animal Moral (Robert Wright)

O CINISMO DARWINISTA

Nossa generosidade e afeto têm uma finalidade subjacente restrita. São destinadas aos parentes, que compartilham os nossos genes, aos não–parentes do sexo oposto que podem nos ajudar a embalar nossos genes para transmiti–los para a próxima geração, ou aos não–parentes de qualquer sexo que têm probabilidade de retribuir o favor.

E mais, o favor frequentemente implica desonestidade ou malícia; Nós fazemos aos nossos amigos o favor de esquecer seus defeitos, e lembrar (e até ampliar) os defeitos de seus inimigos. A afeição é uma ferramenta de hostilidade. Formamos alianças para tornar as fendas mais profundas. Em nossas amizades, como em outras coisas, somos muito desiguais.

Damos particular valor à afeição de pessoas de posição social elevada, e estamos dispostos a pagar mais por isso – a esperar menos delas, a julgá–las com indulgência. O carinho por um amigo pode diminuir se sua posição cair, ou se simplesmente não subir tanto quanto a nossa. Podemos, para facilitar o esfriamento das relações, justificar nossa atitude. “Ele e eu já não temos tanto em comum quanto antigamente.” Como a posição elevada, por exemplo.

Podemos seguramente chamar isso de uma visão cínica do comportamento. Então, qual é a novidade? Não há nada de revolucionário no cinismo. De fato, alguns o chamariam de história de nossa época – o augusto sucessor da seriedade vitoriana. A mudança da seriedade do século XIX para o cinismo do século XX tem sido creditada, em parte, a Sigmund Freud. A exemplo do neo–darwinismo, o pensamento freudiano descobre espertos propósitos inconscientes em nossos atos mais inocentes. E a exemplo do neo–darwinismo, ele vê uma essência animal no cerne de nosso inconsciente.

Tampouco são apenas essas duas noções que os pensamentos freudiano e darwinista têm em comum. Apesar de todas as críticas que atraiu nas últimas décadas, o freudianismo continua a ser o paradigma comportamental mais influente – acadêmica, moral e espiritualmente – de nosso tempo. E é essa posição que o novo paradigma darwinista aspira.

Tanto o cinismo darwinista quanto freudiano são menos carregados de amargura do que o cinismo cultivado em nosso quintal. Porque sua suspeita da motivação de uma pessoa é, em grande parte, uma suspeita de seus motivos inconscientes, eles veem a pessoa – pelo menos a pessoa consciente – como uma espécie de cúmplice involuntário.

Com efeito, na medida em que a dor é o preço pago por um subterfúgio interior, a pessoa pode merecer compaixão, mas também desconfiança. Todos acabam parecendo vítimas. É a descrição do como e do porquê da vitimização que as duas escolas de pensamento divergem.

Do Livro Animal Moral (Robert Wright)

DICOTOMIA “SANTA–PROSTITUTA”

Nenhum comportamento humano afeta mais obviamente a transmissão de genes do que o sexo. Portanto, nenhuma parte da psicologia humana é uma candidata mais óbvia para a explicação da evolução do que os estados da mente que conduzem ao sexo: puro desejo, encantamento, amor sólido, e assim por diante – as forças básicas entre as quais as pessoas de todo o mundo, chegam a maturidade.

Na época de Darwin, na Inglaterra vitoriana, havia prostitutas, mas sexo com uma mulher “de família”, uma mulher de classe, era pouco palpável, quase impossível na ausência de medidas extremas, tais como o casamento. O grande abismo entre essas duas formas de sexo é um dos elementos mais famosos da moralidade sexual vitoriana: a dicotomia “santa–prostituta”. Havia dois tipos de mulheres: o tipo que um rapaz solteiro desposaria no futuro e o tipo com quem podia se divertir no presente, o tipo que merecia amor e o tipo que despertava apenas desejo.

Outra atitude moral que remonta à era vitoriana é a duplicidade sexual. Embora tal imputação seja enganadora, porque os moralistas vitorianos condenavam veementemente a licenciosidade tanto nos homens quanto nas mulheres, mas a verdade é que as extravagâncias sexuais dos homens despertavam menos censura que as das mulheres. E também é verdade que essa diferença estava estreitamente ligada à dicotomia “santa–prostituta”. 

O grande castigo que aguardava uma mulher vitoriana sexualmente aventureira era ser permanentemente classificada na segunda metade da dicotomia, o que restringia drasticamente suas opções na escolha do marido. Há atualmente uma tendência a rejeitar e a caçoar desses aspectos da moralidade vitoriana. Não há problemas em rejeitá–los, mas caçoar deles é superestimar nossos próprios progressos morais.

O fato é que muitos homens ainda falam abertamente de “vagabundas” e de sua utilidade normal: ótimas para a gente se divertir, mas não para casar. E há homens (cultivados e liberais) que nem sonhariam dizer tal coisa, mas na realidade agem como os demais. O fundamento intelectual da moralidade sexual vitoriana era explícito: mulheres e homens são inerentemente diferentes, especialmente em termos de libido. Dizia o Dr. Acton, “não pode haver dúvida que na mulher o desejo sexual acha–se na maioria dos casos latentes, e mesmo quando despertado (o que em muitos casos jamais acontece) é muito moderado em comparação ao do homem”.

Muitos rapazes são enganados pela visão de “mulheres desregradas ou, no mínimo, vulgares e de baixo nível”. E embarcam no casamento com ideias exageradas sobre satisfação sexual. Não compreendem que “as melhores mães, esposas e donas de casa, pouco ou nada entendem de prazeres sexuais. O amor ao lar, aos filhos e às tarefas domésticas são as únicas paixões que sentem”. Algumas mulheres que se consideram excelentes esposas e mães podem ter outra opinião. E podem ter fortes argumentos a seu favor.

Ainda assim, a ideia de que há algumas diferenças entre apetites sexuais masculino e feminino típicos, e que o apetite sexual masculino é menos exigente, recebe forte respaldo do novo paradigma darwinista. Aliás, a premissa recentemente popular que homens e mulheres têm basicamente naturezas idênticas conta cada dia com menos defensores. Deixou de ser, por exemplo, uma doutrina central do feminismo. Uma escola inteira de feministas – as “feministas da diferença”, ou “essencialistas” – agora aceita que homens e mulheres são profundamente diferentes.

As mulheres promíscuas seriam bem–vindas como parceiras sexuais de curto prazo – e de certa forma até preferíveis, pois pode–se conquistá–las com menos esforço. Mas não serviriam para esposas, por serem um conduto duvidoso para investimento masculino em filhos. Podemos imaginar a corte, entre outras coisas, como um processo de classificar a mulher em uma categoria ou outra. O teste correria mais ou menos assim: se você encontra uma mulher que parece geneticamente apropriada para um investimento, comece a passar muito tempo com ela.

Se parecer interessada em você, mas permanecer sexualmente indiferente, ela passou no teste. Se, por outro lado, parecer ávida para ter uma relação sexual imediatamente, então, por favor, faça sua vontade. Mas se você obteve sexo com tanta facilidade, talvez queira passar do modo investimento para o modo exploração. A avidez que ela demonstrou pode significar que sempre será facilmente seduzida – uma qualidade indesejável em uma esposa.

Naturalmente, no caso de uma determinada mulher, a avidez sexual pode não significar que ela sempre será facilmente seduzida: talvez seja você o único homem irresistível. Mas se existir correlação geral entre a rapidez com que a mulher sucumbe e a sua probabilidade de vir a enganá–lo, então essa rapidez é um indício estatisticamente válido para uma questão de enorme consequência genética.

Confrontada com a complexidade e a frequente imprevisibilidade do comportamento humano, a seleção natural arrisca. Em sua forma extrema, patológica – o complexo santa–prostituta – a dicotomização da mulher deixa o homem incapaz de fazer sexo com a esposa, de tão santa ela lhe parece.

Do Livro Animal Moral (Robert Wright)

HOMENS X MULHERES

Só o entendimento das diferenças entre homens e mulheres vai nos permitir começar a desenvolver nossa força coletiva – em lugar das fraquezas individuais. Centenas de milhares de anos de vivência dos papéis tradicionais deram aos homens e mulheres uma estrutura cerebral que é a causa de muitos desentendimentos.

Nossa identidade sexual se forma entre seis e oito semanas após a concepção. Se um feto do sexo masculino (XY) recebe menos hormônios para configurar seu cérebro do que a proporção necessária, nascerá um menino com cérebro masculino e algumas capacidades e padrões de pensamento tipicamente femininos.

Se receber muito menos hormônios, terá o cérebro com estrutura e pensamento essencialmente femininos e provavelmente será homossexual. Mais de 15% dos homens têm cérebros femininos; 10% das mulheres têm cérebros masculinizados.

A homossexualidade é genética, não depende de escolha. Para cada lésbica há de oito a 10 gays. Entre os adolescentes suicidas 30% são homossexuais.

Os circuitos cerebrais e os hormônios determinam nosso comportamento e modo de pensar. O homem desenvolveu o senso de direção e pontaria, tornando-se capaz de localizar a caça, atingi-la mesmo em movimento e levá-la até onde vivia. Sempre se definiu de acordo com seu trabalho e realizações. A autoestima masculina dependia do reconhecimento da mulher aos seus esforços.

A família só esperava que ele cumprisse suas tarefas de caçador e protetor. Não precisava ser bom de papo nem se ligar nas emoções alheias. Daí que ao lado de um homem calado, com o olhar perdido, sempre há uma mulher se sentindo desprezada.

O homem evoluiu com as responsabilidades de guerrear, proteger e resolver problemas. A orientação de seu cérebro e o condicionamento social o impedem de demonstrar medo ou dúvida. Precisava ser capaz de ter o máximo possível de orgasmos no mais curto espaço de tempo antes que fosse atacado por predadores ou inimigos.

As mulheres precisavam da aptidão para percorrer pequenas distâncias, visão periférica mais ampla para monitorar o ambiente em volta, habilidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo e boa capacidade de comunicação. Possuem habilidades sensoriais muito mais aguçadas. Notam detalhes e alterações mínimas na aparência e no comportamento dos outros.

O homem tem mais de 10 vezes mais testosterona que a mulher. No organismo masculino ela vem em ondas, de cinco a sete vezes por dia. Daí que consegue fazer sexo a qualquer hora e em qualquer lugar. O homem de voz grave tem mais do dobro de ejaculações que o tenor. 74% dos meninos usam a agressão para resolver um problema. 78% das meninas se afastam ou negociam.

Homens só aceitam mais proximidade quando o compartimento de seu cérebro onde fica a comunicação se abre – depois de muitas doses de bebida. Durante a ereção a concentração é tanta, que ficam praticamente surdos.

Cerca de metade dos casamentos acaba em divórcio e os relacionamentos mais sérios não duram muito. Considerando as relações não oficiais e as uniões homossexuais, os divórcios chegam a 70%.

Na comunicação frente a frente os sinais não verbais respondem por 70% do impacto da mensagem; os sons vocais são responsáveis por 25%, sobrando só 5% para as palavras.

Nos canhotos predomina o lado direito do cérebro, que é criativo. Daí tantos artistas canhotos: Einstein, Greta Garbo, Leonardo da Vinci, Lews Carrol, Paul McCartney, Picasso, Robert de Niro entre outros.

Paixão é o estágio em que o outro fica “martelando” na cabeça. O cérebro só focaliza as qualidades. As pessoas apaixonadas são mais saudáveis. A principal substância química que provoca os sintomas da paixão é a feniletilamina, da família das anfetaminas, encontrada no chocolate e que estimula o centro do amor no cérebro da mulher.

Já o champagne contém uma substância química não encontrada em outra bebida, que aumenta o nível de testosterona. Os hormônios masculinos, em especial a testosterona são chamados hormônios da agressão. Criaturas com os mais altos níveis de testosterona dominam o reino animal.

As mulheres que usam variedade de roupas íntimas sensuais têm companheiros mais fiéis. É a adaptação da relação monogâmica à necessidade masculina de variar.

Os homens mudaram pouco, mas as mulheres não. Optaram por seguir carreira porque querem coisas que os homens têm: dinheiro, prestígio e poder. Quem quer subir precisa conhecer as prioridades masculinas, mas o sistema de valores femininos funciona bem melhor quando se busca eficiência, harmonia, sucesso.

O centro do sexo fica no hipotálamo, que é maior no homem que na mulher, homossexuais e transexuais. 37% dos homens pensam em sexo a cada 30 minutos. Só 11% das mulheres apresentam a mesma frequência.
Quando o cérebro de um homem está em repouso, sua atividade elétrica é interrompida em pelo menos 70%. Já o cérebro feminino mantém 90% da atividade.

Mulheres têm visão periférica mais ampla, homens têm visão tipo túnel. Em viagens longas, as mulheres devem dirigir de dia e os homens à noite. Para cada homem afinado há oito mulheres. Também os sentidos do paladar e do olfato são superiores nas mulheres.

O homem não é bom leitor de mentes, mas com treinamento, pode melhorar. A mulher é 3% mais inteligente, embora possua cerca de 3 bilhões de neurônios a menos.

A gagueira é um problema quase exclusivamente masculino e há sete meninos para duas meninas nas classes de recuperação da alfabetização. 90% das mulheres têm limitada capacidade de orientação espacial.

O homem utiliza principalmente o lado esquerdo para falar, enquanto a mulher usa os dois. O cérebro feminino tem o corpo caloso mais denso e com mais 30% de conexões que o masculino.

As emoções são iguais para ambos, mas o homem não demonstra. No homem a emoção se posiciona no hemisfério direito e por isso opera independente de outras funções cerebrais. Na mulher a emoção está presente numa região bem mais ampla de ambos os hemisférios e opera junto com outras funções. O cérebro feminino tem os centros da emoção e da razão, melhores conectado e a mulher não perde o controle por causa da testosterona.

Normalmente a mulher é que termina o relacionamento, deixando o homem confuso. Mais de 90% dos casamentos começam por iniciativa masculina e mais de 80% terminam por iniciativa feminina.

Mulheres não se importam de admitir erros porque isso é uma forma de aproximação e demonstração de confiança. O homem passou um milhão de anos não querendo ser visto como um fracasso, daí sua dificuldade em pedir perdão e admitir críticas. Meninas buscam relacionamento e cooperação; meninos buscam poder e status. Elas aceitam melhor os novos e são mais solidárias com deficientes.

A mulher infeliz no relacionamento não consegue se concentrar no trabalho; o homem insatisfeito no trabalho não consegue se concentrar no relacionamento.

Para fazer sexo as mulheres precisam de motivo; os homens precisam de lugar. A mulher quer muito sexo com o homem que ama. O homem quer muito sexo. O homem se estimula com o que vê; a mulher, com o que ouve. O homem precisa fazer sexo antes de entrar em sintonia com seus sentimentos. A mulher precisa de sentimento antes de fazer sexo.

Pela ordem, as mulheres procuram: personalidade, humor, sensibilidade, inteligência, corpo bonito. Os homens pensam que elas procuram: personalidade, corpo bonito, humor, sensibilidade e boa aparência.

Os homens procuram: personalidade, boa aparência, inteligência, humor e corpo bonito. As mulheres pensam que eles procuram: boa aparência, corpo bonito, peito, bunda e personalidade.

A mulher se estimula com romance, compromisso, comunicação, intimidade e toque não sexual. O homem, com pornografia, nudez, variedade, roupas íntimas e disponibilidade da mulher.

O cromossomo X é o responsável pelas 7 milhões de células em forma de cone que processam as cores. Como possui dois cromossomos X, a mulher tem maior variedade de cones e por isso descreve mais detalhadamente as cores. Depois do sexo ele fica com as ideias mais claras.

Por terem o centro da fala em ambos os lados do cérebro, as mulheres são boas de papo. Como a fala é restrita a áreas específicas, o cérebro fica livre para executar outras tarefas. Por isso as meninas aprendem mais facilmente vários idiomas e têm mais facilidade em gramática, ortografia e pontuação.

Quando a mulher gosta do homem, conversa bastante. O mais importante para ela é servir e conhecer gente interessante. O cérebro feminino é programado para se comunicar pela fala e a sensibilidade feminina ao toque é 10 vezes maior.

Quanto mais culto o indivíduo, menos sexo ele faz. Os homens acham que são mais práticos; as mulheres sabem que são elas.

A mulher precisa entender que para ser ouvida deve apresentar com clareza uma ideia por vez ao homem. Também não deve interrompê-lo. Avisar que quer ser escutada e organizar a pauta.

Se um homem se fecha, deixe-o em paz. Se é a mulher que se cala, atenção: o problema é grave e exige uma conversa séria.

(*) Este livro é resultado de pesquisas dos autores durante 25 anos em vários países. Fala sempre em estatísticas, em maioria. As exceções ocorrem em número variável. Os dados numéricos têm como fonte estudos com comprovação científica. Não há, em momento algum, a intenção de dizer que todos os homens ou todas as mulheres são iguais. Há, inclusive, um teste da estrutura do cérebro, que tem como resultado, num extremo, o cérebro superfeminino (acima de 300 pontos) e no outro, o supermasculino (abaixo de zero). São consideradas mais equilibradas as pessoas que se situam na interseção (150 a 180 pontos).

Do livro Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? (Allan e Barbara Pease)

http://br.geocities.com/amachi_17/pqhfsmfa.htm