30 de julho de 2010

O calcanhar de aquiles


De todas os problemas enfrentados pela Prefeitura de Rio Grande, o trânsito parece ser “o calcanhar de aquiles”. No entanto, é um obstáculo que ela não pode se esquivar. Se na Saúde, Educação e Segurança, ela diz que a responsabilidade é, igualmente, do Governo Federal e/ou Estadual, no trânsito não tem desculpas. O trânsito em Rio Grande, combinado com as precárias vias de tráfego do município, tem gerado descontentamento à população. Passado o período do “milagre rio-grandino” – do asfaltamento e ajardinamento das ruas, parece que se esqueceram do bem-estar da população. Apesar de termos um Superporto, um Pólo Naval, um Dique Seco, um dos maiores PIBs do estado, um dos maiores Orçamentos do estado, um dos maiores ICMS do estado e uma das maiores arrecadações federais, de nada adianta tudo isso, se não melhorarmos a qualidade de vida da população, com mais empregos, mais habitações, melhores escolas, mais hospitais, melhores salários e mais inclusão social

O que vemos são reclamações a todo o momento (o povo está insatisfeito): do estacionamento rotativo, do transporte integrado, dos ônibus, dos acidentes de trânsito, dos esgotos a céu aberto, do atendimento na saúde, da violência, da falta de moradias, do calçamento precário e do recolhimento de lixo. Uma atenção especial merece os bairros e vilas da cidade, que com suas ruas intransitáveis, quando chove, é um verdadeiro lamaçal. O Cassino, lembrado e enaltecido no verão, tem convivido ininterruptamente com esse caos. As ruas esburacadas, sem pavimentação, com a chuva, viram uma verdadeira “estrada do inferno”. Recentemente um Vereador desafiou as Autoridades Municipais a transitarem por meia hora nas ruas esburacadas do Cassino, com uma velocidade constante de 30 a 40 Km/hora, e chegarem ao destino com o automóvel inteiro. É um absurdo, porque não calçam mais umas 10 (dez) ruas (de ponta a ponta), em ambas as direções? 


Apesar de muitas coisas boas já terem sido efetuadas, são sempre acanhadas e singelas para o potencial do município. São sempre soluções paliativas, na base do “quebra galho”. E olha que não temos, a exemplo de muitas cidades da serra, com bem menos recursos, grandes obras urbanas, passarelas, túneis, pontes, viadutos, calçamento/esfaltamento e saneamento em toda a cidade. A solução definitiva, a longo prazo, a exemplo do que outras cidades fizeram, é a construção de um novo centro da cidade (novo bairro), arquitetado com projetos urbanos que levem em consideração o futuro crescimento da região. Um novo centro da cidade, com menos poluição, com projetos socioeconômicos, urbanísticos, culturais e ambientais, que tragam mobilidade urbana e conforto para a população. Para isso, precisamos de um Prefeito visionário, que pense no presente e no futuro. Que deixe um legado de transformações às futuras gerações.

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