6 de junho de 2011

Tudo passa

A chuva que vai caindo,
a mãe ao filho assistindo,
o sol esplendoroso no céu,
o mendigo vagando ao léu.

Passam as enxurradas,
as pestes e as namoradas,
passam as dinastias,
os impérios e as tiranias.

Não importa o divertimento,
o riso e o contentamento,
não importa o ressentimento,
a dor e o entristecimento.

Não importa se foi ateu,
muçulmano ou judeu,
não importa se foi erudito,
ignorante ou maldito.

Não importa o acreditar,
sem ter como confirmar,
não importa o duvidar,
sem saber aonde chegar.

Não importa o que foi dito,
muitas preces e vários ritos,
não importa o livre-arbítrio,
muitas crenças e vários mitos.

Tudo passa,
só não passa o que aqui ficou,
a verdade que professou,
a bondade que derramou,
a saudade que aqui deixou.

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