26 de agosto de 2025

NAS PROFUNDEZAS DO SER

Num mar de incertezas e solidão,
Parado, olhando pro nada,
No abandono da longa caminhada,
Está o homem repleto de aflição.

Talvez de sentir,
Talvez de existir.

Olhando pro firmamento infinito,
Nasce a descrença.
Acreditando que tudo não passa de um mito,
Nasce a esperança.

Caminho sem volta,
Caminho sem falta.

No princípio, um átomo,
Era tudo paixão.
Agora um quark:
Quanta ilusão.

Por isso, navega,
Para aliviar a dor:
A dor do vazio,
Do vazio da alma,
Da alma que acalma.

No fim, o começo.
O começo do fim.
No fim do começo,
O começo de tudo.
No começo de tudo,
O começo do nada.

Por isso vai errante,
Sem comandante,
Num mar bravejante,
De um vento uivante.

Vai seguindo,
Vai sentindo,
Vai sorrindo.

Na vida que anda,
Na vida que manda.

Tudo pra entender,
As profundezas do ser.

JC COUTINHO

Nenhum comentário: