Um
provérbio antigo diz: “homens fortes criam tempos fáceis, e
tempos fáceis geram homens fracos, mas homens fracos criam tempos
difíceis, e tempos difíceis geram homens fortes”. Estamos
presenciando a transição da “geração de ferro” para a
“geração de cristal”.
O
DECLÍNIO DE UMA GERAÇÃO: Está se extinguindo a geração que
educou seus filhos mesmo sem estudos formais, que, apesar das
dificuldades, nunca deixou faltar o indispensável, e que ensinou
valores como amor e respeito. Morreram aqueles que viviam com pouco
luxo e não se sentiam frustrados. Aqueles que trabalharam desde a
tenra idade e ensinaram o valor, não o preço, das coisas. Morrem os
que passaram por mil dificuldades e nos ensinaram a viver com
dignidade, partindo com as mãos enrugadas, mas a testa erguida.
AS
TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS: Essa geração de homens fortes, que não
aceitava ser manipulada, pois sua palavra era cumprida, foi seguida
por abruptas transformações sociais. Direitos individuais se
sobrepuseram ao bem comum, o politicamente correto se instalou, e
surgiram antagonismos políticos e religiosos. Em um cenário em que
o poder sempre moveu as sociedades, hoje é preferível a existência
de homens fracos, que não enfrentarão regimes autoritários
travestidos de democráticos.
A
FRAGILIDADE DA NOVA GERAÇÃO: A nova mentalidade, com um viés
político e um desejo de poder, resulta em uma geração de homens
“mansos”. Essa visão, que enfatiza a fluidez de gênero e novas
identidades, transforma-os em indivíduos frágeis, emocionalmente
instáveis e confusos sobre seu papel, distanciando-os de sua memória
atávica de serem líderes e protetores. Essa fragilidade gera
aporia, dúvidas e incertezas que causam dramas existenciais e
doenças psíquicas. A sensibilidade, embora importante, não pode
substituir a firmeza. A emoção não pode ocupar o lugar da razão.
Ser respeitoso e cuidar da família não exige que o homem apague sua
virilidade, seu instinto de liderança, coragem ou sua capacidade de
tomar decisões sob pressão.
O
PAPEL DO ESTADO: No cenário atual, a masculinidade se torna um tabu
quando a sociedade, em busca de igualdade e novas formas de
expressão, confunde a força inerente e a responsabilidade histórica
dos homens com toxicidade ou opressão. A sociedade insiste em
envergonhar o homem por ser quem ele é. Se ele fala firme, é
“machista”; se defende a família, “reproduz padrões
ultrapassados”. Dizer que “homem tem que ser homem” tornou-se
um ato de rebeldia. Sociedades fortes são construídas por homens
fortes – física, mental e espiritualmente.
O
JOGO DE PODER: Por trás dessas narrativas que buscam desconstruir os
homens, gerando uma crise de identidade masculina, existe uma
estratégia política. Sociedades com homens pacíficos e
enfraquecidos são ideais para a instalação de regimes
autoritários. Essa estratégia também visa fazer com que as
mulheres se envergonhem de seu papel, “emponderando-as” para se
opor ao homem, retirar-lhe a liderança e enfraquecer as famílias.
No caos social, o Estado aparece como salvador, tornando-se o
provedor e substituindo o papel da família. Essa visão, sabemos,
não é majoritária em meios acadêmicos e científicos, os quais,
em sua grande maioria, não reconhecem isso como um jogo de poder.
JC COUTINHO
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