27 de agosto de 2025

A DESCONSTRUÇÃO DO HOMEM

Um provérbio antigo diz: “homens fortes criam tempos fáceis, e tempos fáceis geram homens fracos, mas homens fracos criam tempos difíceis, e tempos difíceis geram homens fortes”. Estamos presenciando a transição da “geração de ferro” para a “geração de cristal”.

O DECLÍNIO DE UMA GERAÇÃO: Está se extinguindo a geração que educou seus filhos mesmo sem estudos formais, que, apesar das dificuldades, nunca deixou faltar o indispensável, e que ensinou valores como amor e respeito. Morreram aqueles que viviam com pouco luxo e não se sentiam frustrados. Aqueles que trabalharam desde a tenra idade e ensinaram o valor, não o preço, das coisas. Morrem os que passaram por mil dificuldades e nos ensinaram a viver com dignidade, partindo com as mãos enrugadas, mas a testa erguida.

AS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS: Essa geração de homens fortes, que não aceitava ser manipulada, pois sua palavra era cumprida, foi seguida por abruptas transformações sociais. Direitos individuais se sobrepuseram ao bem comum, o politicamente correto se instalou, e surgiram antagonismos políticos e religiosos. Em um cenário em que o poder sempre moveu as sociedades, hoje é preferível a existência de homens fracos, que não enfrentarão regimes autoritários travestidos de democráticos.

A FRAGILIDADE DA NOVA GERAÇÃO: A nova mentalidade, com um viés político e um desejo de poder, resulta em uma geração de homens “mansos”. Essa visão, que enfatiza a fluidez de gênero e novas identidades, transforma-os em indivíduos frágeis, emocionalmente instáveis e confusos sobre seu papel, distanciando-os de sua memória atávica de serem líderes e protetores. Essa fragilidade gera aporia, dúvidas e incertezas que causam dramas existenciais e doenças psíquicas. A sensibilidade, embora importante, não pode substituir a firmeza. A emoção não pode ocupar o lugar da razão. Ser respeitoso e cuidar da família não exige que o homem apague sua virilidade, seu instinto de liderança, coragem ou sua capacidade de tomar decisões sob pressão.

O PAPEL DO ESTADO: No cenário atual, a masculinidade se torna um tabu quando a sociedade, em busca de igualdade e novas formas de expressão, confunde a força inerente e a responsabilidade histórica dos homens com toxicidade ou opressão. A sociedade insiste em envergonhar o homem por ser quem ele é. Se ele fala firme, é “machista”; se defende a família, “reproduz padrões ultrapassados”. Dizer que “homem tem que ser homem” tornou-se um ato de rebeldia. Sociedades fortes são construídas por homens fortes – física, mental e espiritualmente.

O JOGO DE PODER: Por trás dessas narrativas que buscam desconstruir os homens, gerando uma crise de identidade masculina, existe uma estratégia política. Sociedades com homens pacíficos e enfraquecidos são ideais para a instalação de regimes autoritários. Essa estratégia também visa fazer com que as mulheres se envergonhem de seu papel, “emponderando-as” para se opor ao homem, retirar-lhe a liderança e enfraquecer as famílias. No caos social, o Estado aparece como salvador, tornando-se o provedor e substituindo o papel da família. Essa visão, sabemos, não é majoritária em meios acadêmicos e científicos, os quais, em sua grande maioria, não reconhecem isso como um jogo de poder.

JC COUTINHO

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